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CAPA

EDITORIAL (JC pág. 2)
Eleição CFM - "Campanhas devem debater ideias e propostas" (Henrique Carlos)


ENTREVISTA (JC pág. 3
Diretor da FMUSP propõe alternativas para melhora do ensino médico


ATIVIDADES 1 (JC pág. 4)
Cremesp comemora plenária histórica nº 4.000 e homenageia conselheiros


ATIVIDADES 2 (JC pág. 5)
Acompanhe relatório final do fórum de Cooperativismo Médico


GERAL 1 (JC pág. 6)
Marcos Mercadante alerta para nº insuficiente de psiquiatras voltados para jovens


ELEIÇÃO CFM (JC pág. 7)
Médicos podem escolher o modo de voto: por correspondência ou presencial


ATIVIDADES 3 (JC págs. 8/9)
Portal do Cremesp estreia novidades, no conteúdo e no visual


ÉTICA (JC pág. 10)
A especialidade perícia médica sob os aspectos legal, ético e científico


VIDA DE MÉDICO (JC pág. 10)
Vandyck Neves da Silveira comemora 40 anos dedicados à Medicina


FARMACOVIGILÂNCIA (JC pág. 12)
Sobravime defende maior atenção na prescrição de medicamentos


GERAL 2 (JC pág. 13)
Realizações do Programa de Educação em Saúde para a Comunidade, do Cremesp


ALERTA ÉTICO (JC pág.14)
Dúvidas frequentes analisadas e esclarecidas pelo Cremesp


GERAL 3 (JC pág. 15)
Instituição comemora crescimento expressivo no primeiro ano de funcionamento


INFLUENZA A
Informações técnicas sobre o vírus influenza A - H1N1


GALERIA DE FOTOS



Edição 259 - 05/2009

VIDA DE MÉDICO (JC pág. 10)

Vandyck Neves da Silveira comemora 40 anos dedicados à Medicina


Disposição em se atualizar


O médico Vandyck em seu consultório 

O cirurgião geral e proctologista defende o aprendizado constante para a prática médica

Para o cirurgião geral e proctologista Vandyck Neves da Silveira, processar o médico é um direito do paciente, mas o que se vê atualmente é uma onda de processos incentivada, principalmente, por advogados que descobriram na saúde um negócio lucrativo.

Filho de pai militar e mãe dona-de-casa, foi o primeiro médico na família. Formado em 1964 pela 9ª turma da Faculdade de Medicina de Sorocaba, filiada à Pontifícia Universidade Católica (PUC), posteriormente cursou residência em cirurgia geral pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (Fmusp), no Hospital das Clínicas.

Ele lembra das dificuldades do início da carreira mas acredita que muitas delas ainda existem para quem está se formando. “No início foi difícil, mas acho que na época a gente tinha mais oportunidades de trabalho. O médico que fazia cirurgia geral, por exemplo, era mais reconhecido”, acredita.

Aposentado pelo Hospital do Servidor Público Municipal de São Paulo (HSPM), onde atuava com clínico geral e gastrocirurgião, o médico também passou por instituições como a Polícia Militar, o Hospital Municipal de Santo André, a extinta Amico e o Hospital Dom Pedro, além de alguns hospitais pelo Interior.

Atualmente atende na clínica que abriu no início da carreira, no hospital Nove de Julho e no Santa Catarina, no qual se orgulha de trabalhar há cerca de 40 anos.

Vida acadêmica
Na área acadêmica, Vandyck atuou como professor de anatomia, por dois anos, no Centro Universitário Lusíada – Unilus, em Santos. Também se orgulha de ter sido preceptor na Residência Médica, durante os anos que trabalhou no HSPM, mas lamenta o fato de essa função ser pouco valorizada no processo de formação do residente. “Quando eles erram, a culpa é nossa, quando acertam, são ótimos. Mas reconheço que é muito satisfatório ver que muitos dos meus alunos se transformaram em grandes cirurgiões”, confessa.

Sobre a atual situação da medicina no país, o cirurgião é enfático. “Ela está avançando muito e não podemos ignorar as novas tecnologias”, avalia. Embora considere a idade um grande obstáculo ao aprendizado de técnicas mais avançadas, nunca deixou de se empenhar em conhecê-las e aplicá-las no exercício da profissão.

“A videolaparoscopia (técnica cirúrgica realizada com o auxílio de uma microcâmera) exige muito treinamento e dedicação do médico. Eu pessoalmente tive dificuldades, mas consegui superá-las, apesar de ser o aluno mais velho da turma”, conta.

Vandyck guarda vários momentos especiais desses 40 anos de carreira, porém o reencontro com pacientes é o que lhe traz mais satisfação. “Operar quem tem câncer e revê-los após 20 anos é muito emocionante”, revela.


Opinião do conselheiro
Medicina: a arte da comunicação


José Marques Filho*

Nossos velhos mestres sempre disseram que a medicina é ciência e arte. A medicina se transformou extraordinariamente nas ultimas décadas, mas continua, mais do que nunca, sendo ciência e, cada vez mais, arte.

No século da tecnologia da informação, podemos afirmar que o médico que não dominar fundamentos mínimos de comunicação, terá grandes dificuldades em manter uma prática médica competente e segura.

A prática médica atual exige que o profissional mantenha um nível de comunicação adequado com a sociedade, com seus colegas, mas, fundamentalmente, com seus pacientes e familiares.

Em relação à sociedade devemos lembrar o dever que o profissional que pratica a medicina tem em relação à discussão e divulgação de assuntos médicos, zelando e trabalhando para que novos avanços sejam divulgados com discrição, imparcialidade e sem conflito de interesses.

Quanto ao relacionamento entre seus pares, o médico deve manter um nível de informação adequado à sua área de atuação e sua experiência profissional, colocando-se sempre à disposição para discussão de casos, colaborando com médicos de outras especialidades e visando sempre ao beneficio e à saúde do ser humano. Tem o dever também de se atualizar e publicar, na medida do possível, sua experiência profissional, intera¬gindo com seus colegas e colaborando para o avanço da ciência, responsabilidade que é de todos nós e não somente de nossas universidades.

Finalmente, em relação à comunicação com seus pacientes e familiares, talvez seja este o ponto mais importante a se discutir e refletir profundamente no cenário atual da milenar relação médico-paciente.

Podemos afirmar, sem chances de errar, que grande parte dos processos ético-profissionais que vão a julgamento no Cremesp ocorre por conta de dificuldade de relacionamento do médico com seus pacientes e/ou familiares, sendo que a comunicação é parte importante deste relacionamento especial.

Alguém já disse que é fundamental que pratiquemos hoje a chamada medicina dos três “E”: Escutar, Examinar e Explicar! Saber “escutar” talvez seja a virtude mais importante de um médico. Escutar com atenção pode ser uma qualidade nata de alguns profissionais, mas pode e deve também ser treinada e adequadamente assimilada desde os bancos da formação básica. Esta função é basicamente dos professores e preceptores dos alunos e residentes, mas lamentavelmente tem sido deixada de lado, atropelada pela necessidade de informações a respeito dos extraordinários avanços tecnológicos dos dois últimos séculos.

Além de ser fundamental para o diagnóstico, para a orientação de possíveis exames complementares necessários e a consequente ação terapêutica, o relato do paciente sobre seus sintomas e preocupações é considerado pelos bioeticistas o momento ideal para que se percebam as posições pessoais do paciente, suas expectativas e seus desejos, para posteriores decisões terapêuticas compartilhadas.

“Examinar” é outra ação médica que tem sido evidentemente negligenciada. Não se exige mais que tenhamos hoje a fantástica habilidade dos grandes clínicos do século 19 e 20, verdadeiros artistas, que nos deixaram descrições de manobras propedêuticas, obras-primas de gênios da ciência médica.

Mas podemos afirmar que é praticamente impossível praticar uma ação médica diag¬nóstica ou terapêutica adequada, sem um acurado e competente exame clínico. Exame físico que deve ser praticado com boa técnica, respeito ao pudor do paciente e com todo o cuidado necessário para seu conforto e bem-estar.

Ao término da anamnese e exame físico, tem agora o médico a tarefa mais difícil, e talvez a mais fundamental para o sucesso da atenção médica: “explicar”.

E para que ocorra uma explicação adequada, deve o médico ter conhecimentos de conceitos básicos de comunicação: como falar claramente, devagar, na linguagem adequada ao nível sóciocultural do paciente, evitando termos técnicos ou explicando-os, com firmeza – inclusive em relação aos limites da ciência médica –, esgotando todas as dúvidas e se colocando à disposição para discutir e explicar futuras dificuldades de entendimento do paciente e/ou seus familiares.

Para isso é necessário tempo, treinamento, paciência e tolerância!

* José Marques é reumatologista e conselheiro do Cremesp


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