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CAPA

EDITORIAL (JC pág. 2)
Médico do SUS: em defesa de plano de carreira definido e piso salarial digno


CONFERÊNCIA (JC pág. 3)
Os desafios por melhores condições de trabalho no sistema público de saúde


ATIVIDADES 1 (JC pág. 4)
Módulos para atualização profissional avançam no ABC e no interior


BIOÉTICA (JC pág. 5)
Síntese dos temas abordados no Simpósio de Bioética Hospitalar, realizado no final de maio


ATIVIDADES 2 (JC pág. 6)
Quatro chapas disputam o pleito para a gestão 2009-2014


PRÓ-SUS (JC pág. 7)
Fórum Nacional e Sudeste debate plano de cargos e salários da classe


ENSINO (JC págs. 8/9)
Coletiva de imprensa apresenta livro e estudo sobre o Exame do Cremesp


ÉTICA (JC pág. 10)
O médico auditor deve se identificar de forma clara em todos os seus atos


VIDA DE MÉDICO (JC pág. 11)
O ortopedista Luiz Mestriner relata sua paixão pelo ensino médico


ESPECIALIDADES (JC pág.12)
Acompanhe a história das especialidades médicas a cada edição do JC


GERAL (JC pág. 13)
Acompanhe a participação do Cremesp em eventos relevantes para a classe


ALERTA ÉTICO (JC pág.14)
A ética no preenchimento do prontuário médico, segundo Parecer Consulta do Cremesp


PESC (JC pág. 15)
Iniciativa leva informações sobre temas de saúde a comunidades da periferia


GALERIA DE FOTOS



Edição 260 - 06/2009

ESPECIALIDADES (JC pág.12)

Acompanhe a história das especialidades médicas a cada edição do JC


A partir desta edição, o Jornal do Cremesp passa a divulgar periodicamente um pouco da história de cada especialidade médica, acompanhada do trabalho realizado pelas Câmaras Técnicas criadas pelo Cremesp para subsidiar e orientar os profissionais de cada área. Neste número, a especialidade abordada é:

OBSTETRÍCIA & GINECOLOGIA

A obstetrícia e a ginecologia são especialidades clínico-cirúrgicas que, em conjunto, constituem uma das quatro grandes áreas da medicina, responsável pelo cuidado com a saúde da mulher. São cerca de 4 mil médicos registrados na especialidade em São Paulo – número que pode dobrar se considerados os cirurgiões que atuam na área.

Os números da obstetrícia e da ginecologia em São Paulo mostram a importância da especialidade para a saúde no Estado. Foram cerca de 2,5 milhões de exames papanicolau realizados no ano de 2008, somente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), sem contar os 337.225 partos feitos no ano passado. Para dar conta de toda essa demanda, a especialidade conta com cerca de 4 mil médicos registrados como ginecologistas e obstetras no Estado, porém este número dobra quando incluídos outros profissionais, como os cirurgiões gerais, que também podem exercer algumas técnicas da área em seu trabalho.

Histórico
O termo obstetrícia tem origem latina e significa, basicamente, pessoa que acompanha a mulher em trabalho de parto. O início da profissão remonta aos primórdios da civilização, quando o trabalho de parto deixou de ser uma atividade solitária da mulher e passou a necessitar da parteira e da intervenção de um médico (papel masculino) na extração de fetos, principalmente naquelas com parto obstruído.

Frente à evolução da medicina e a sua posterior divisão em especialidades, a definição da obstetrícia como especialidade médica lhe designou a responsabilidade pelos cuidados da gestação, do parto e do puerpério, ou seja, do sistema de reprodução feminina.

Após 1929, a especialidade deixou de ser um ramo da cirurgia e com a fundação do British College of Obstetricians and Gynaecologists conquistou autonomia, que vem se ampliando com o tempo.

No Brasil, a atuação de médicos na obstetrícia ocorreu somente após a fundação da primeira escola médica, em 1808, por Dom João VI. A partir de então, o conhecimento médico foi introduzido e determinou definitivamente a presença da figura masculina nos cuidados da gestação e parto. Uma curiosidade: o primeiro médico a realizar cesarianas no Brasil foi Francisco Furquim Werneck de Almeida (1846-1908), formado em 1869 pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro.

Ginecologia
A história da ginecologia remonta ao século XIX. A descoberta da assepsia, da antissepsia e da anestesia foram revolucionárias para a medicina em geral, mas tiveram maior influência no surgimento da especialidade. Até então, a ginecologia, ou seja, o conhecimento sobre o aparelho reprodutivo e as doenças femininas, confundia-se com a obstetrícia. 

A ginecologia se originou como uma especialidade cirúrgica graças às pesquisas e descobertas científicas realizadas na Universidade da Pensilvânia, nos Esatados Unidos, onde surgiram os primeiros ensinamentos nessa área. Os EUA são considerados o berço da ginecologia graças a duas experiências pioneiras no mundo: em 1809, o médico Ephraim MacDowell realizou a primeira extração de ovários, conhecida como ovariotomia; e, em 1849, J. Marion Sims inaugurou a cirurgia de fístula vesico-vaginal.

Outros marcos para a ginecologia mundial foram a invenção do exame de Papanicolau, na década de 1940, pelo médico Geórgios Papanicolau (1883-1962); e o nascimento do primeiro bebê de proveta, a inglesa Louise Brown, em 1978.

Sociedade de especialidade
A criação de associações de Obstetrícia e Ginecologia tem papel importante no avanço científico e ético da especialidade. A criação da Sociedade de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo (Sogesp), em 1989, por exemplo, representou um grande avanço, já que a entidade promove ações preventivas por meio de eventos, jornadas e divulgação de temas pertinentes, além de orientação aos profissionais.

Na avaliação do diretor corregedor do Cremesp e também presidente da Sogesp, Krikor Boyaciyan, todas essas ações, quando implementadas, auxiliam na defesa profissional e ética dos associados. “Estar associado à sua respectiva associação científica e sempre procurar respeitar os preceitos do atual Código de Ética Médica são recomendações fundamentais que fazemos aos nossos profissionais, responsáveis por um dos momentos mais significantes da história da humanidade: o nascimento”, afirmou Boyaciyan.


Câmara Técnica de Saúde da Mulher


Krikor Boyaciyan (em pé) em reunião da Câmara Técnica de Saúde da Mulher


As Câmaras Técnicas do Cremesp foram estruturadas com a finalidade de orientar os profissionais e emitir pareceres técnicos sobre assuntos pertinentes ao Conselho e também responder a consultas externas relacionadas à especialidade, atuando como importante órgão assessor deste Regional.

Criada em 1993, a Câmara Técnica de Saúde da Mulher foi a primeira a ser implantada no Cremesp. Ela surgiu da dificuldade identificada pelo Conselho, sindicatos e instituições médicas em se obter informações técnicas a respeito da obstetrícia e ginecologia. Composta por 18 médicos obstetras e ginecologistas de reconhecida capacidade, os integrantes da Câmara se reúnem a cada 45 dias para orientar, avaliar e opinar sobre questões técnicas da especialidade.

Krikor Boyaciyan, conselheiro e coordenador da Câmara Técnica de Saúde da Mulher, ressalta que a função da Câmara é apenas a de orientar, não lhe cabendo autonomia para decidir sobre questões éticas na profissão. “Relacionamos questões técnicas e sociais da especialidade, sempre no âmbito de orientar e normatizar, e não deliberar. A CT Saúde da Mulher é de extrema importância para que possamos contribuir para o constante aprimoramento da especialidade”, declarou.



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