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CAPA

EDITORIAL (pág. 2))
Nossos votos para que 2011 seja um ano com saúde, conquistas e realizações


ENTREVISTA (pág. 3)
Luiz Fernando Ferraz da Silva, coordenador do Bandeira Científica


EVENTOS 1 (pág.4)
Cremesp debate atualizações do CEM sob a forma de palestras


EVENTOS 2 (pág.5)
Eventos sobre urgência e emergência aconteceram na capital e no interior


GERAL 1 (JC pág. 6)
Veja opções de pagamento (pessoa física e jurídica)


ATIVIDADES 1 (pág. 7)
Encontro apresentou dados de pesquisa Datafolha encomendada pela Casa


EXAME DO CREMESP (pág. 8)
Iniciativa confirma urgência na qualificação do ensino da Medicina no Estado


PLANOS DE SAÚDE (pág. 10)
Coletiva de imprensa: seguradoras não priorizam os profissionais


SAÚDE MENTAL (pág. 11)
A abordagem multidisciplinar no tratamento do paciente psiquiátrico


GERAL 2 (pág. 12)
Lei do Ato Médico e a normatização de procedimentos exclusivos da Medicina


COLUNA DO CFM (pág. 13)
Canal de comunicação dos representantes do Estado no CFM com médicos e sociedade


ALERTA ÉTICO (pág. 14)
Análises do Cremesp ajudam a prevenir falhas éticas causadas pela desinformação


GERAL 3 (pág. 15)
Destaque para a presença do Cremesp em almoço oferecido à presidente eleita


GALERIA DE FOTOS



Edição 277 - 12/2010

EDITORIAL (pág. 2))

Nossos votos para que 2011 seja um ano com saúde, conquistas e realizações


Sobre esperanças e oportunidades

Ano novo, novos governos, nova esperança. Com o ânimo reabastecido e perspectivas de tempos melhores, chegaremos a 2011 também com certa desconfiança e frustração, conscientes de que os médicos, a medicina e a saúde no Brasil passam por momentos difíceis e desanimadores


Para o Cremesp, permanentemente envolvido na busca de dias melhores, a hora é de unir esforços e buscar caminhos novos, tomar iniciativas diversas e exigir a promoção de reformas profundas, por certo inadiáveis.

Como na prática médica, já passamos da fase da anamnese, temos o histórico completo dos problemas, vivenciamos desde os sintomas iniciais até a observação que nos dá a certeza da deterioração do quadro. Temos em mãos o diagnóstico, pois sempre procuramos conhecer a natureza e a causa das situações que tanto afligem os médicos e aviltam a nossa profissão. Esbarramos, no entanto, no tratamento inadequado, pois aqui o conjunto dos meios empregados na “cura” não depende só dos médicos e de suas entidades. As decisões são, principalmente, políticas.

Vejamos, exemplarmente, a situação do ensino médico. Pelo sexto ano consecutivo, em 2010 realizamos o Exame do Cremesp, uma avaliação externa e pontual do ensino da graduação em Medicina, com a participação voluntária de egressos das escolas médicas paulistas a quem, mais uma vez, agradecemos a importante colaboração.

Conforme divulgado nesta edição, nos deparamos com o pior resultado desde a criação do Exame, com índices de reprovação e desempenho sofríveis, que se somam a outros indicadores de falhas graves na formação dos novos médicos, lançados no mercado de trabalho sem condições mínimas de exercer a medicina.

Pode-se questionar a iniciativa do Cremesp, estamos abertos a críticas. Alguns têm manifestado preferência pela avaliação
in loco feita pelas próprias escolas. Outros defendem que as medidas do MEC são suficientes para o saneamento do problema: o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), a redução de vagas de ingresso e a suspensão de processos seletivos, que constam de recentes medidas cautelares da Secretaria de Educação Superior (Sesu). E, há, ainda, aqueles que preferem o tom plebiscitário, como se a discussão se resumisse a aceitar ou não a obrigatoriedade do exame de egressos.

A diversidade de propostas e opiniões enriquece o debate democrático. Inadmissível, porém, é fechar os olhos para a realidade, pois os mecanismos oficiais, fracos e insuficientes, até agora não promoveram a melhoria do ensino médico, o que deixou de ser uma vontade das entidades médicas e passou a ser uma exigência da sociedade, quem mais sofre as consequências dessa letargia.

Outro exemplo de “diagnóstico sem tratamento” é a situação dos médicos que prestam serviços a planos e seguros de saúde. A mais nova pesquisa divulgada pela APM e AMB, com o apoio do CFM, revelou que, em nível nacional, 92% dos médicos denunciam pressões e interferências das operadoras na autonomia profissional.

Nenhum segmento da saúde suplementar – medicina de grupo, seguradoras, autogestão e cooperativas – foi poupado de duras críticas dos profissionais que, além do ganho irrisório, veem a saúde de seus pacientes prejudicada por desmandos e restrições de toda ordem. Tomada por conflitos de interesses, com diretores vinculados ao setor regulado, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) segue impassível com a ausência de regulação entre médicos e planos de saúde.

Durante a campanha presidencial e, agora, na fase de transição entre governos, reiteramos junto à presidente eleita, Dilma Rousseff, o esgotamento dos médicos e a necessidade de o Governo Federal e o Poder Legislativo tomarem consciência da gravidade dos problemas e apresentarem uma solução para os médicos e os milhões de brasileiros vinculados à saúde suplementar. Reforçamos, também, que o calote da dívida do governo com o Sistema Único de Saúde faz médicos e população assistirem à saúde definhar no Brasil diante do subfinanciamento e do adiamento da regulamentação da EC 29.

Neste ano de 2010, de vigência do novo Código de Ética Médica, a classe médica deu demonstrações de que seguirá firme, reiterando seu compromisso com a defesa da saúde, da ética, da justiça, da dignidade humana e da valorização da medicina.

Para 2011, além da persistência na luta coletiva, o Cremesp deseja aos seus colaboradores e parceiros, a todos os médicos e médicas, aos seus familiares e próximos, um ano de saúde, conquistas e realizações.

Que o Ano Novo nos desperte a esperança e que estejamos abertos às oportunidades do presente.


Luiz Alberto Bacheschi
Presidente do Cremesp


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