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Edição 342 - 11/2016

ALERTA TERAPÊUTICO (pág. 7)

Sífilis


Ministério da Saúde lança manual técnico frente
à epidemia de sífilis

Manual Técnico para Diagnóstico da Sífilis busca auxiliar
profissionais da Saúde na realização de testagens


Anúncio da campanha do MS de combate à sífilis
 

Foram notificados 230 mil casos novos de sífilis entre 2010 e 2016, segundo o Boletim Epidemiológico do governo federal, apontando pa¬ra uma epidemia no País. Diante disso, o Ministério da Saúde (MS) elaborou o Manual Técnico para o Diagnóstico da Sífilis, lançado em outubro, para orientar e subsidiar os profissionais de Saúde na realização da testagem na atenção básica.

De acordo com o boletim, três em cada cinco ocorrências (62,1%) estão concentradas na região Sudeste do Brasil, e a transmissão de gestantes para bebês é, atualmente, o principal problema. Para a médica sanitarista e coordenadora do Programa Estadual de DST/Aids do Estado de São Paulo, Maria Clara Gianna, esse é um dado preocupante e necessita de uma grande articulação, principalmente na atenção básica, em que os casos são tratados. Para o controle da epidemia, Maria Clara destaca que o trabalho, de forma mais intensa e articulada, na educação sexual (inclusive nas escolas), de discussões sobre questões de gênero e diagnósticos precoces são medidas extremamente necessárias para o controle da infecção.

“A maneira como os registros de sífilis são feitos – de notificação obrigatória –, vem se aprimorando cada vez mais nos últimos anos. O número de casos da doença aumentou, mas isso também está relacionado com a melhoria do sistema de registro, tanto da adquirida quanto da congênita”, explica Gianna.

Novas políticas têm sido adotadas para ampliar o diagnóstico e introduzir novas metodologias e fluxos que permitam a identificação precoce da sífilis. Dentre as inovações propostas no Manual está o diagnóstico por meio de testes rápidos de fácil execução e de leitura simples, que possibilita a investigação da sífilis em locais sem infraestrutura laboratorial e, muitas vezes, de difícil acesso. Por gerar resultados em até 30 minutos, os testes rápidos eliminam o risco de o usuário não voltar ao sistema de saúde para saber seu resultado e, dessa forma, possibilitam o seguimento imediato do tratamento.
 


Sífilis deve ser tratada precocemente

A sífilis é uma infecção de caráter sistêmico, causada pelo Treponema pallidum (T. pallidum), exclusiva do ser humano e que, quando não tratada precocemente, pode evoluir para uma enfermidade crônica com sequelas irreversíveis em longo prazo.
A infecção é um importante agravo em saúde pública, pois além de ser infectocontagiosa e de poder acometer o organismo de maneira severa quando não tratada, aumenta significativamente o risco de se contrair o vírus da imunodeficiência humana (HIV). A presença do T. pallidum no organismo também acelera a evolução da infecção pelo HIV para a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids).


Contágio pela bactéria não oferece imunidade protetora

A transmissão da sífilis ocorre, predominantemente, pelo contato sexual, com contágio maior nos estágios iniciais da infecção. Não existe vacina para prevenção e o contágio pe¬la bactéria causadora não confere imunidade protetora ao indivíduo.
Outras formas de trans¬missão ocorrem por meio da placenta durante a gestação, quando a gestante portadora da doença não é tratada ou quando realiza o tratamento de maneira inadequada, e pelo contato do recém-nascido com lesões genitais no momento do parto (menos frequente), bem co¬mo a transmissão por transfusão sanguínea.



Testes treponêmicos automatizados alteram fluxogramas para diagnóstico


O Manual Técnico para Diagnóstico da Sífilis aborda três fluxogramas, que combinam testes sequen¬ciais, visando aumentar o valor preditivo positivo (VPP) de um resultado reagente no teste inicial.

No fluxograma clássico, o primeiro teste indicado é um teste simples, de menor custo, que apresente boa sensibilidade e que seja de fácil execução. O segundo teste, mais caro e específico, visa confirmar o diagnóstico, eliminando possíveis resultados falso-positivos. Quando ambos os testes apresentam resultados reagentes, realiza-se um teste não treponêmico quantitativo para a definição do título de anticorpos presentes na amostra, que serve como base para o posterior monitoramento da eficácia do tratamento.

Com o desenvolvimento de testes treponêmicos automatizados, que possibilitam a análise de um grande número de amostras em pouco tempo, a abordagem convencional foi invertida em muitos serviços, iniciando-se o diagnóstico por esses exames.
Entretanto, para a definição do diagnóstico, também é necessária a realização de uma avaliação clínica meticulosa, permitindo a observação da presença dos sinais e sintomas da sífilis, além de uma detalhada anamnese da pessoa, incluindo informações referentes ao risco de infecção por via sexual recente.

Situações especiais
Os casos de sífilis congênita, de transmissão da mãe grávida para o bebê, triplicaram em meia década, segundo o MS. No ano passado, a cada 1 mil bebês nascidos, 6,5 eram portadores de sífilis. Cinco anos antes, em 2010, esse número era de 2,4 bebês em cada 1 mil nascimentos. Já a Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que cerca de 900 mil grávidas sejam infectadas com a doença a cada ano, resultando em 350 mil nascimentos com problemas, segundo dados de 2012.
De acordo com o Manual, nas situações de resultado reagente no teste rápido treponêmico, em que há suspeita de sífilis – e se o teste não treponêmico não estiver disponível no serviço, principalmente nos casos de gestante –, o tratamento deve ser realizado imediatamente e monitorado conforme o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Prevenção de Transmissão Vertical de HIV, Sífilis e Hepatites Virais, disponível no site do MS.



Manifestações clínicas
O curso da sífilis não tratada consiste em fases sintomáticas (ferida no local de entrada da bactéria ou manchas no corpo), entremeadas por períodos assintomáticos (latência). Mas esse ritmo pode ser alterado por alguns fatores, como o estado imunológico do hospedeiro e a administração de terapia antimicrobiana para outros patógenos e que podem ser efetivas contra o treponema. Dessa forma, o tempo de apresentação e os sinais e sintomas podem variar.


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