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CAPA

EDITORIAL
Entre os destaques desta edição, um debate sobre a política de redução de danos


ENTREVISTA
Entrevista especial com Adib Jatene, diretor do HCor e membro do conselho do MASP


CRÔNICA
A crônica da vez é de autoria de Max Nunes, médico e um dos maiores nomes do humorismo brasileiro


MEIO AMBIENTE
De planeta água não temos mais nada. Ele está se transformando num enorme deserto...


CONJUNTURA
Um raio X da vocação médica mostra que a escolha vem desde muito cedo


DEBATE
Em discussão a estratégia de saúde que distribui seringas a usuários de drogas injetáveis


HISTÓRIA DA MEDICINA
Visite conosco a Capela da Sta Casa de Misericórdia de Mauá: atração cultural e turística da cidade


SINTONIA
Ludwig Van Beethoven sob o prisma de José Marques Filho, conselheiro do Cremesp


CULTURA
No interior de São Paulo, conservatório abre as portas para verdadeiros talentos da música


HOBBIE DE MÉDICO
Médicos também são apaixonados por carros... antigos!


GOURMET
As cozinhas estão sendo ocupadas pelos homens... É sinal de pratos muuuito saborosos!


TURISMO
Venha conosco conhecer a natureza preservada, a fauna e a flora das ilhas Galápagos


ACONTECE
Cirque du Soleil: enfim chega ao Brasil o espetáculo Saltimbanco. E você acha que a Ser Médico ia perder?


LIVRO DE CABECEIRA
Você já leu "O Caçador de Pipas", do médico Khaled Hosseini? Não sabe o que está perdendo...


POESIA
José Martins Fontes, poeta, médico e jornalista finaliza com chave de ouro esta Edição


GALERIA DE FOTOS


Edição 36 - Julho/Agosto/Setembro de 2006

MEIO AMBIENTE

De planeta água não temos mais nada. Ele está se transformando num enorme deserto...

Planeta areia

A desertificação é a  vilã ambiental da vez  que se alastra silenciosa e  lentamente pelo mundo 

A escassez de água e terra cria uma espécie de fluxo de exílio, fazendo com que as pessoas se tornem refugiadas ambientais migrando para regiões vizinhas. Este fenômeno pode se alastrar por todo o planeta. Segundo o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA), mais de 100 milhões de pessoas em todo o mundo estão sob risco de migração forçada por causa da desertificação.

Em um rápido passeio pelo globo é possível observar que na África a situação é mais grave. Por volta de 20 a 50% de todas as áreas já estão degradadas, prejudicando mais de 200 milhões de pessoas. Na Ásia, o norte da Índia apresenta vastas áreas afetadas pelo fenômeno. Cerca de 1/4 do território da América Latina e do Caribe já é constituído de desertos e terras secas, a maior faixa se estende do sul do Equador ao norte do Chile (deserto de Atacama). 

O Brasil de florestas exuberantes também vem ampliando a passos largos as áreas desertificadas, hoje presente em aproximadamente nove Estados. As maiores concentrações estão na região Nordeste, com destaque para as proximidades do município de Juazeiro, na Bahia, que apresenta mais de 500 quilômetros de deserto. Outra característica preocupante do Brasil é que ele possui as áreas suscetíveis a esse fenômeno mais povoadas do planeta. São 1.492 municípios e correspondem a 15,7% do território nacional, onde vivem aproximadamente 32 milhões de pessoas.  

A desertificação preocupa a Organização das Nações Unidas (ONU) há muito tempo. Em junho de 1994 foi realizada em Paris uma convenção de combate à desertificação que elevou a questão ao patamar de desafio global, reunindo parceiros e buscando alertar a comunidade internacional para a gravidade do problema. Contudo, pouca atenção continuou sendo dada ao fenômeno nos anos que se seguiram, levando as Nações Unidas a declarar 2006 o Ano Internacional dos Desertos e da Desertificação. O fenônemo tornou-se o vilão ambiental da vez, porém passado mais de meio ano, a campanha ganhou pouca visibilidade na mídia e as ações práticas em 2006 foram muito tímidas. 

O principal objetivo da ONU é conscientizar organismos governamentais e da sociedade civil sobre os riscos da desertificação para a humanidade, mas há esperança de que alguns países anunciem medidas para reprimir esse processo ainda este ano.      

O Brasil participa dessa campanha pelo Programa de Ação Nacional de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca (PAN). Por enquanto foram realizadas apenas algumas reuniões para definir as diretrizes e as principais ações de combate e prevenção. 

Uma das principais causas da desertificação que já ocorre em mais de 1/3 do Planeta são as técnicas que estimulam produção agrícola em larga escala. O problema é de difícil solução considerando que a população mundial se encontra próxima de seis bilhões de pessoas, e continua a crescer à média de 2% ao ano. Com essa explosão demográfica é necessário produzir uma série de produtos, principalmente os alimentos, cada vez em maior escala. 

José Conti, professor titular do departamento de geografia da Universidade de São Paulo e autor da tese Desertificação em áreas tropicais, diz que esse combate passa fundamentalmente pela racionalização da exploração do solo e por medidas eficazes e efetivas que impeçam o desmatamento predatório, que até hoje o Brasil não conseguiu aplicar.

Medidas corretivas como a irrigação de áreas já desertificadas visando reaver a produtividade do solo podem não apresentar o resultado esperado, além de exigir, na maioria dos casos, recursos volumosos. Mas nem tudo é pessimismo na visão de Conti. “As áreas podem ser recuperadas por meio do correto investimento”. 

Ele cita o exemplo de Israel, que possuia grande parte de seu território coberto por vastos desertos, mas depois de um pesado investimento conseguiu recuperar a produtividade do solo. Atualmente Israel produz e exporta frutas cítricas para toda a Europa. 


Mais de 100 milhões de pessoas em todo planeta podem se tornar refugiadas ambientais

Colaborou, Thúlio Pompeu


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