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CAPA

PONTO DE PARTIDA (pág. 1)
João Ladislau Rosa - Presidente do Cremesp


ENTREVISTA (págs. 4 a 9)
Robert Gallo


CRÔNICA (págs. 10 e 11)
Fabrício Carpinejar*


ESPECIAL (págs. 12 a 17)
Violência e saúde pública


SINTONIA (págs. 18 a 21)
A saúde do adolescente preocupa OMS


EM FOCO (págs. 21 a 23)
Tchekhov


SOLIDARIEDADE (págs. 24 a 28)
Médicos na Amazônia


LIVRO DE CABECEIRA (pág. 29)
Dica de Alfredo de Freitas Filho*


GIRAMUNDO (págs. 30 a 31)
Curiosidades & Novidades


PONTO COM (págs. 32 a 33)
Informações do mundo digital


HISTÓRIA DA MEDICINA (págs. 34 a 36)
Cardano, o visionário do Renascentismo


HOBBY (págs. 37 a 39)
Correr (fora do dia a dia...) também é esporte de médico!


TURISMO (págs. 40 a 43)
Descobrindo terras e sabores peruanos


CULTURA (págs. 44 a 47)
Salvador Dalí em Sampa


FOTOPOESIA (pág. 48)
Paulo Bomfim


GALERIA DE FOTOS


Edição 68 - Julho/Agosto/Setembro de 2014

HOBBY (págs. 37 a 39)

Correr (fora do dia a dia...) também é esporte de médico!

Médicos maratonistas
Correndo atrás de saúde...

... e de qualidade de vida, belas paisagens e cenários urbanos




Rodrigo Nóbrega (na foto do centro) tem desempenho razoável nas maratonas; Ricardo e Fernanda  Halah (acima) incentivam um ao outro


O impulso inicial, em geral, é a saúde, mas logo os adeptos de maratonas unem o útil ao agradável, e aproveitam, muito, os aspectos turísticos que a prática proporciona. Correr em meio às incríveis paisagens de Ushuaia, nas charmosas ruas de Nova York, ou em outras interessantes cidades mundo afora, e, além disso, perder uns quilinhos extras, ganhar condicionamento físico, aumentar a autoestima, estimular a capacidade mental e ter mais qualidade de vida, é, sem dúvida, um hobby interessante. Mas sem muito esforço e disciplina, nada feito. Principalmente para quem tem de conciliar treinos pesados com o dia a dia da medicina e a família, como um grupo de médicos e maratonistas de Ribeirão Preto.

Rodrigo Nóbrega é um deles. Com 45 anos, casado e pai de dois filhos, é pediatra e intensivista pediátrico, pós-graduado em Gestão em Saúde, diretor de uma empresa de gestão de unidades de terapia intensiva naquela cidade. E, não bastasse, maratonista.

Inicialmente percorrendo pequenas distâncias, Nóbrega passou a aumentar o nível de dificuldade, participando de corridas longas, inclusive meias-maratonas. Até que, em 2008, decidiu correr sua primeira maratona de longa distância, a de São Silvestre. “No começo, a preparação foi pesada, com volumes semanais de até 75 km. Mas gosto muito de praticar esporte, então, foi muito bom”, conta Nóbrega, que praticou polo aquático por 22 anos.

Experiente maratonista, o pediatra tem em seu histórico esportivo diversas competições internacionais. Participou da Maratona de Sidney, Austrália; e da de São Paulo (prova de 25 km); além de meias maratonas de 21 km no Rio de Janeiro, em São Paulo, e em países como Chile, Noruega, Hungria, Croácia e Estados Unidos; inclusive na Corrida em Montanha, na Itália; e na Volta da Pampulha (18 km), em Belo Horizonte.


Fernanda e Renato: "os quilinhos começaram a desaparecer e as distâncias aumentaram"

Sempre com um desempenho razoável, ficando em colocações medianas e atingindo uma velocidade média de 9km/h, Nóbrega treina entre 10 e 12 horas semanais. O treino inclui: corrida, em média 4 horas por semana; bicicleta, natação e musculação. E Nóbrega não pretende parar por aí. Além de continuar a percorrer muitas meias maratonas e algumas maratonas, quer se aperfeiçoar em triathlon, esporte que também pratica, incluindo os de longa distância.

Para conciliar os treinos com o exercício da medicina, treina no período da manhã e trabalha no período da tarde. “O importante é saber aproveitar bem o tempo”, assegura.

Correndo juntos
Atleta desde a infância, Ricardo Aprile I. Halah – proctologista formado pela Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto (FMRP-USP) – conheceu, no terceiro ano de residência, sua esposa Fernanda Peduti B. Halah, endocrinologista, que estava no sexto da graduação, na mesma faculdade. Já estável na profissão, percebeu que estava sedentário. “Os músculos da época da faculdade foram perdendo espaço para a gordura implacável”, constatou. Daí até tomar a decisão de começar a correr para perder peso não passou muito tempo. Fernanda decidiu acompanhá-lo.

“Os quilinhos começaram a desaparecer e as distâncias aumentaram. Nessa fase, existe o prazer de se olhar no espelho e notar a disposição e o bom humor, que estimula a busca de novos desafios. Foi quando partimos para as meias-maratonas e, posteriormente, para as maratonas. O negócio fica bom mesmo depois de algumas horas correndo”, brinca. A primeira maratona foi em Orlando, nos EUA, durante as férias com os dois filhos.

Nos últimos seis anos, o casal participou de maratonas nacionais e internacionais, como as de Nova York, Boston, Berlim, Buenos Aires, Estocolmo, Chicago, Roma, e a do Deserto de Atacama, no Chile.

No ano passado, Ricardo encarou o desafio de participar de duas maratonas em uma semana, as de Amsterdã e Frankfurt. Neste ano, o casal já correu nas montanhas de Ushuaia, extremo sul da Argentina, conhecida como a Maratona do Fim do Mundo.

“O esporte nos torna capazes de enfrentar as dificuldades diárias e o estresse da profissão. Até brincamos, quando estamos com algum problema, ‘se eu corro a maratona de Nova York, sou capaz de resolver isso’”. Eles não encaram o esporte exclusivamente como hobby, mas também como uma necessidade, devido à sua importância no combate ao sobrepeso, à obesidade, a síndrome metabólica, à depressão, e a outras doenças prevalentes na sociedade.

Ricardo e Fernanda planejam participar, ainda neste ano, de mais quatro maratonas, encerrando com a de Nova York. “O fato de nós dois gostarmos dos mesmos esportes, permite-nos conciliar as viagens e treinos. Sempre que um está cansado, tem o outro para animar. Isso nos torna mais companheiros”, observa o médico. “A corrida nos trouxe também inúmeros e grandes amigos, e a possibilidade de conciliar o esporte com o turismo, o famoso ‘maraturismo’”.

Disciplina e alegria
   Médica anestesista do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (HC/FMRP-USP) e do hospital da Universidade de Ribeirão Preto (Unaerp), Daniela Rocha Gil (foto ao lado) sempre praticou atividades físicas como atletismo e vôlei. Durante a faculdade ia às aulas de bicicleta. Porém, só após o nascimento do segundo filho, em 2010, começou a correr de forma disciplinada.

  O objetivo inicial era emagrecer fazendo academia, mas aos poucos, a corrida tornou-se parte importante da sua vida. “Sem pular etapas, comecei com corridas de 5 km, e só aumentava a distância depois de fazer bem aquela em que já estava”, conta.

   Durante a preparação para sua primeira maratona, iniciava os treinos entre 5h30 e 6 horas da manhã, de duas a três vezes por semana, praticando musculação em outros dois dias. Depois, trabalhava das 7h30 às 19h e passava a noite com sua família.

Após 42 meses, em setembro de 2013, Daniela completou sua primeira maratona, em Berlim, escolhida pelo aspecto turístico e, também, para levar sua mãe ao reencontro de uma amizade de 45 anos. “Sem dificuldades, sem dores, com diversão e alegria, vivi um sonho, fiz o tempo de 3h59’, muito bom para uma atleta amadora de 41 anos, mãe de dois filhos”, relata. Sua segunda maratona foi a de Ushuaia, em abril. “As paisagens eram deslumbrantes e inesquecíveis!”.

É preciso muita disciplina, admite, para conciliar o esporte, a profissão, filhos e tarefas de casa. “Preciso me organizar e meu dia tem de render. A corrida entra como um hobby, sempre coloco minha paixão nela. Assim, ganho mais qualidade de vida, disposição com meus filhos e sou melhor mãe. Ser médico em nosso País não é fácil, mas levo mais alegria para o trabalho”, resume Daniela.


(Colaborou: Rodrigo Carani)

 


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