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CAPA

PONTO DE PARTIDA (PÁG.1)
Reflexões sobre temas desafiadores e essenciais


ENTREVISTA (PÁG. 4)
Regina Parizi "As mulheres precisam aceitar mais desafios"


CRÔNICA (PÁG. 10)
Não estou a seu serviço


VANGUARDA (PÁG.12)
Novos avanços no tratamento do câncer


CONJUNTURA (PÁG.16)
A escravidão não acabou


DEBATE (PÁG.20)
Somos o país mais corrupto do mundo?


SINTONIA (PÁG.26)
A doença como metáfora


HOBBY (PÁG. 30)
Todas as cores do mar


GIRAMUNDO (PÁG.34)
Arte, genética e ciência


PONTO COM (PÁG.36)
-


CULTURA (PÁG. 38)
Kobra, muralista internacionalmente reconhecido, começou fazendo grafites


TURISMO (PÁG. 42)
Santiago de Compostela


CARTAS E NOTAS ( PÁG. 46)
-


MÉDICOS QUE ESCREVEM (PÁG. 47)
Retrato da vida


FOTOPOESIA (PÁG. 48)
Em tudo nela brilha e queima


GALERIA DE FOTOS


Edição 82 - Janeiro/Fevereiro/Março de 2018

MÉDICOS QUE ESCREVEM (PÁG. 47)

Retrato da vida

Retrato da vida

A princípio só
Depois a mãe, o pai e a avó
Toda a irmandade
Que felicidade
Agora a infância
Quanta intolerância
Correr, brincar... dormir
Sem responsabilidades sentir
Jovem... grande paixão
Eterna e loquaz solidão
Doce, meigo e enfermo amor
Pitadas agudas de dor
Quarenta anos solitário
Às vezes, da vida temerário
Porém com muita saudade
De tua distante mocidade
Velho... agora bastante cansado
Já da vida... desanimado
Esperando, que tenha muita sorte
Que no fim, lhe venha uma súbita morte


José Aparecido Melo,
autor do livro Pedaços de saudade
Clínico geral – CRM 70.815

 

Morte e mocidade

Do alto, olhando o mar
Alça voo albatroz do adeus.
Ganha os céus azuis
Deixando em terra
A promessa de morte em vida.
Adeus, minha Eugênia
Adeus ao amor que morre
Nunca mais tua alva pele
Adeus ao que não foi.
Choro por deixar
A vida, o sereno
Toque das tuas mãos
O viço do teu corpo.
E a morte dá gargalhadas...
Era cedo, minha Eugênia.
Muito cedo pra que
A morte levasse o nosso amor
Ceifando-me a vida.
Queria rolar na relva
Correr campos floridos
Chutar as estrelas
E me deitar ao teu lado.
Novamente a morte: cala-te.
Este amor deitará sob a fria campa.
Eugênia, querida,
O que resta para nós
Além do desterro
Da dor?
E continua o voo do albatroz.
Cada vez mais
Se distancia o porto
E a escuridão aumenta
Enquanto a morte
Cumpre seu papel.
Terá o nosso amor
A mesma sina do cisne
Agonizante de Camille Saint-Saëns
Que luta mas morre lentamente?
E a morte, novamente, gargalha.
Que triste fim
Que destino.
Não te ter mais, Eugênia,
É pranto e desatino.
Debate-se o cisne e a morte sente o triunfo.
Adeus, pálida amante dos meus sonhos!
Adeus, vida! Adeus, glória! amor! Anelos
É hora, querida.
Fomos vencidos.
Evaporo nos ares
Levando Eugênia
Para sempre em mim.
Adeus, parto para a eternidade...


Miguel Carlos Vitaliano
Médico pneumologista – CRM 35928


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