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Sepse
Dia 13 de setembro marca o combate e prevenção à Sepse
O Dia Mundial da Sepse, celebrado em 13 de setembro, tem como objetivo alertar a população e os médicos sobre a importância da prevenção e combate à doença. Atualmente, a sepse é a doença que mais mata nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e uma das principais causas de mortalidade hospitalar tardia, superando o infarto do miocárdio e o câncer. Tem alta mortalidade no país, chegando a 65% dos casos, enquanto a média mundial está em torno de 30-40%.
A sepse é um conjunto de manifestações graves em todo o organismo produzidas por uma infecção muitas vezes causadas por bactérias. É também conhecida como infecção generalizada, mesmo que a infecção não esteja em todos os órgãos – pode estar apenas em um, mas o organismo responde com uma inflamação sistêmica diante da infecção.
Essa reação é a forma que o organismo encontra para combater o micro-organismo agressor. O sistema de defesa libera mediadores químicos que espalham a inflamação pelo organismo, o que pode comprometer ou levar a falência múltiplos órgãos, devido a queda da pressão arterial, má oxigenação das células e tecidos e por alterações na coagulação do sangue.
A síndrome pode ser classificada em três diferentes níveis:
- Sepse – a resposta inflamatória provocada pela infecção está associada a, pelo menos, mais dois sinais. Por exemplo, febre, calafrios e falta de ar, entre outros;
- Sepse grave – quando há comprometimento funcional de um ou mais órgãos;
- Choque séptico – queda drástica de pressão arterial que não responde à administração de líquidos por via intravenosa.
População e fatores de risco
Estão mais sujeitas a desenvolver sepse as pessoas hospitalizadas, com predisposição genética e sistema imunológico debilitado; os portadores de doenças crônicas como insuficiência cardíaca, renal e diabetes; e os usuários de álcool e outras drogas. São também considerados fatores de risco áreas extensas de queimaduras e ferimentos provocados por arma de fogo ou por acidentes automobilísticos.
Qualquer pessoa, não importa a idade, pode desenvolver a doença. No entanto, bebês prematuros, crianças com menos de um ano e idosos acima de 65 anos constituem o grupo de risco mais suscetível ao aparecimento da síndrome.
Recomendações
Como forma de prevenção à sepse, é indicado:
- Lavar as mãos com frequência com água e sabão;
- Manter o esquema de vacinação das crianças atualizado;
- Evitar a automedicação e o uso indiscriminado de antibióticos;
- Não interromper o tratamento antes do prazo prescrito pelo médico.
Fonte: Instituto Latino Americano de Sepse, Revista Brasileira de Terapia Intensiva e Dráuzio Varella